Lixo Eletrônico, um crescente problema do mundo moderno
O desenvolvimento da tecnologia nos permite cada vez mais praticidade e conforto no dia-a-dia. Basta um clique ou um toque na tela para pagar contas, fazer compras e até mesmo fazer um curso superior. Há máquinas que lavam, secam, passam, há equipamentos e dispositivos que nos conectam com o mundo. Todas essas facilidades são bem-vindas, simplificam a vida, poupam tempo, evitam trânsito e filas.
No entanto, a velocidade no desenvolvimento desses produtos tecnológicos não acompanha o manejo ideal desse material quando se torna obsoleto e se transforma em lixo eletrônico.
Todos os anos, milhares de celulares, computadores, TVs, baterias, equipamentos antigos como câmeras fotográficas, rádios, aparelhos de dvd, e tantos outros materiais eletrônicos são descartados, muitas vezes de forma incorreta, indo parar em aterros e lixões. Esses materiais contêm diversos componentes, inclusive tóxicos, que podem contaminar o solo, a água e trazer problemas à saúde. No entanto, quando descartados corretamente, podem ser reciclados e retornar ao processo produtivo.
Em 2016, o mundo gerou 44,7 milhões de toneladas de lixo eletrônico, 3,3 milhões a mais que em 2014. Se manter esse ritmo, estima-se que a produção global ultrapasse 50 milhões de toneladas até 2021. Sozinho, o Brasil gerou 1,5 milhão de toneladas de e-lixo em 2016, sendo o segundo país que mais produziu esse tipo de resíduo no continente americano, atrás apenas dos EUA. O dado mais preocupante é que apenas 20% desse volume gerado globalmente foi reciclado. As informações são do Global E-waste Monitor 2017, relatório elaborado pela Universidade das Nações Unidas (ONU) em parceria com a União Internacional das Comunicações (UIT) e a Associação Internacional das Telecomunicações (ISWA).
A reciclagem de eletrônicos ainda é uma prática pouco comum e que precisa ser desenvolvida. Devido à composição heterogênea desses materiais, reciclá-los é um processo complexo, caro e exige capacitação. Computadores, TVs, celulares e outros equipamentos descartados como lixo têm na sua composição diversos metais como ouro, prata, cobre, de grande valor agregado. A ONU estima que todo o lixo eletrônico produzido em 2016 poderia gerar 55 bilhões de dólares em valor de materiais reaproveitáveis.
A responsabilidade pelo descarte adequado desses materiais deve ser compartilhada entre consumidores, fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes e o Poder Público. O papel do consumidor é fundamental nesse processo. Descartar de forma correta esses materiais em pontos de coleta habilitados é o primeiro passo para melhorar o sistema de reciclagem e reaproveitamento.
Em Massaranduba, foi lançada em 2017 a Campanha de Coleta de Resíduos Eletrônicos, uma iniciativa da Prefeitura por meio da Secretaria de Educação, Cultura, Esporte e Turismo, em parceria com a empresa Ecoluz. Inicialmente foram estabelecidos seis Pontos de Entrega Voluntária (PEVs):
- Ginásio Poliesportivo Alfredo Jacobowski
- Escola M. E. F. Ministro Pedro Aleixo
- Escola M. E. F. Padre Bruno Linden
- Escola M. E. F. Alto Luiz Alves
- Escola M. E. F. Professora Maria Machado Kreutzfeld
- Escola E. B. Maria Konder Bornhausen
Desde junho deste ano, contamos com mais um ponto de coleta de lixo eletrônico na nossa cidade, o Ecoponto. O mais interessante do Ecoponto é que você pode descartar também eletrônicos que estejam sem uso e em bom estado de conservação para serem doados à famílias que necessitem desses produtos.
Faça sua parte! Cabe a cada um de nós fazer escolhas mais conscientes e descartar de forma adequada o que não tem mais utilidade. Para saber onde há pontos de coleta na sua cidade, entre em contato com a Prefeitura Municipal.