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O meio ambiente e as cidades

  • Jéssica Michalak Besen
  • 5 de jun. de 2018
  • 3 min de leitura

Hoje, 05 de junho, comemora-se o Dia Mundial do Meio Ambiente. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas para marcar a abertura da Conferência de Estocolmo, em 1972, primeira grande reunião de chefes de Estado para discutir as questões relacionadas à degradação ambiental.


Esgoto a céu aberto e condições precárias em um favela

Desde as primeiras conversas sobre as urgências ambientais e a necessidade de preservação dos nossos recursos, muitas mudanças ocorreram na sociedade, em especial nas cidades. O mundo está cada vez mais urbano, cerca de metade da população mundial vive na cidade e em poucos anos, a população urbana ultrapassará aquela que vive no campo. A comodidade e as facilidades oferecidas pelos grandes centros têm atraído cada vez mais pessoas que migram da área rural em busca de melhores condições de vida.


No entanto, com falta de planejamento e infraestrutura, muitas cidades já não conseguem assegurar qualidade de vida satisfatória aos seus habitantes. A urbanização desenfreada ultrapassou a capacidade financeira e administrativa dessas cidades em prover infraestrutura e serviços essenciais como saneamento básico, serviços de saúde, segurança e proteção do ambiente natural. Como resultado, são cada vez mais evidentes os diversos impactos deste processo no meio.


Impermeabilização do solo, enchentes, ilhas de calor, nuvens de fumaça saindo das indústrias e pelo escapamento dos carros são apenas alguns dos problemas ambientais das grandes cidades. Há outros tão mais importantes, mas muitas vezes negligenciados por ocorrerem na parte menos favorecida dos aglomerados urbanos. A população mais pobre se instala nas periferias, onde não há condições mínimas de moradia ou saneamento. O esgoto escorre a céu aberto, não há água tratada e o lixo se acumula em todo lugar.


Nesse cenário insalubre que as cidades estão se tornando, emergem as mais variadas doenças, comprovadamente associadas ao desequilíbrio do meio ambiente. São principalmente doenças diarreicas, que matam milhões de pessoas todos os anos devido a falta de saneamento, ou respiratórias, que fazem tantas outras vítimas que vivem expostas ao degradante estado da qualidade do ar.

Diferentemente do que se acreditava, a crise do meio ambiente urbano está tendo um impacto na saúde maior e mais imediato do que problemas ambientais considerados prioritários, como as mudanças climáticas, chuva ácida, destruição de florestas tropicais e extinção de espécies.

Segundo a ONU, cerca de dois terços da população urbana mundial vive em condições de favela, onde não há disponibilidade de serviços básicos como água e esgoto e se desenvolvem fatores potenciais de risco à saúde, tais como umidade, infestação por insetos e roedores e grande adensamento de indivíduos. Ao mesmo tempo, estima-se que cerca de 80% de todas as doenças humanas estejam relacionadas, direta ou indiretamente, à água não tratada, saneamento precário e à falta de informações básicas sobre higiene e o mecanismo das doenças, cenário típico dos grandes aglomerados urbanos da periferia das grande cidades.


Favela

A indiferença perante as questões ambientais vem degradando as condições de vida das cidades. Hoje não é raro encontrar pessoas que buscam refúgio no campo, em busca de melhor qualidade de vida. Quanta ironia para aqueles que fizeram o fluxo inverso há apenas algumas décadas.

Se para os céticos em questões ambientais, as milhões de mortes que ocorrem anualmente devido às condições do nosso meio ambiente não são suficientes para repensar seus princípios e investir nesse setor, as cidades continuarão o caminho ao colapso. A nossa saúde depende diretamente do quanto estamos dispostos a preservar. Cabe a cada um de nós escolher nossos representantes e exigir políticas públicas que protejam o ambiente das nossas cidades, pequenas ou grandes, de forma a garantir um meio de convivência saudável a todos.

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Jéssica Michalak Besen
Engenheira Ambiental
Engenheira de Segurança do Trabalho

CREA/SC 139438-6

13 anos de experiência em licenciamento e estudos ambientais


+50 estudos ambientais protocolados

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